Arquivos Mensais: November 2009

Entrevista CSQ – Observações

Quero fazer esse post apenas para acrescentar informações sobre a entrevista.

Ou eu tive muita sorte de fazer a entrevista com Soraya Tandel ou o critério não é sempre tão correto assim.

Em conversa com amigos, soube que um dos entrevistadores (não me lembro o nome dele agora) muitas vezes “abusou” dos seus poderes.

Como assim?!

Por exemplo: Disse que o francês da pessoa era péssimo, pediu telefone de meninas, ou simplesmente disse que os documentos eram insuficientes na hora da entrevista.

Pelo o que fiquei sabendo também, parece que a pessoa foi demitida (assim esperamos).

Acho que é muito chato no dia da entrevista que já estamos super nervosos, ter que enfrentar esse tipo de situação.

Ainda bem que eu não tive esse tipo de problema, minha entrevista foi ótima e achei que os critérios foram muito bem analisados.

No dia, não esqueçam de levar todos os originais. De levar planos do que você pretende fazer aqui, falar sobre a cidade que escolheu. E das vagas de emprego que você pode preencher.

Estejam preparados para o francês, mas não esqueçam das possíveis perguntas em inglês. Boa sorte!

Mais açúcar!

Algumas pessoas devem rir deste post. Quem me conhece sabe que eu adoro coisas doces e por isso tenho alguns amigos que me chamam de GaBee (bee = abelha).

O que escrevo é apenas uma curiosidade sobre o doce e o salgado em relação ao que estamos acostumados no Brasil.

Por exemplo: O açúcar aqui de Montréal não adoça nunca. Ok, ele adoça depois de você colocar uma quantidade significante. Mas o sal não deixa a desejar. Ele também não salga.

Não sou uma especialista no assunto e não andei provando muito sal e açúcar por aqui. Mas trocando informações com amigos, chegamos na mesma conclusão.

O  sal daqui não precisa colocar arroz dentro, ele é bem seco, como uma areia. (Também, como o ar seco, não precisa nem explicar).

Outra coisa, não achei adoçante. Aliás, achei somente em pó.

O milho verde é doce.

E o leite condensado é caro e não encontrei creme de leite como o nosso. Sim, pq leite condensado você até encontra, mas creme de leite só em mercado português e prepare-se para pagar caro.

Tem batata de tudo que é tipo. Outro dia eu comprei e fiz purê. Fiquei na dúvida se era batata doce ou normal. Porque ela era doce, mas não o suficiente.

Tem maçã que é doceeee. Morango doceeeee. Uma maravilha! E a banana estraga de um dia para o outro (também não é a mesma coisa).

Para quem tem o costume de comer farinha, digo que a farinha daqui também não é igual (não falo para aqueles que gostam de farinha pronta da Yoki, ninguém merece rs) . Por isso: Traga!

Não me lembro de mais comparativos. Tem coisas que aqui são ótimas. Tudo o que eu comprei até hoje de congelado, não deixou a desejar. Principalmente os “nuggets”, que mesmo vc fazendo no forno ficam super crocantes.

Fim da Francisação: Respeito e Saudade

As aulas terminaram e já fiquei com saudade. Era muito bom passar o dia estudando francês, embora muito cansativo. Sinto falta do ambiente da sala e de todos os dias ter muitas atividades para fazer.

Mas sinto falta sobretudo, dos meus colegas.  E sei que é inevitável que a distância nos faça perder contato cada vez mais. Principalmente, considerando que este é apenas um começo de um longo caminho que será construido, onde muitos outros laços ainda serão feitos.

Senti também, por ter sido a mais nova da minha turma e por estar em diferente situação dos meus colegas, pois a maioria já era casada e com filhos, o que tornou o contato mais díficil. As atividades sempre acabavam por ficar na sala de aula mesmo e muitos tinham outros compromissos depois.

Lidar com diferentes nacionalidades também foi algo interessante. Sim, aqui tem todo tipo de gente e temos que aprender a conviver. Mais do que nunca, respeitar as diversas formas de pensar e agir. Tive colegas que se abraçaram no último dia. Tive outros que um aperto de mão foi o suficiente. Colombianos, venezuelanos são mais calorosos como a gente. Já os ucranianos… Tínhamos que pensar duas vezes antes de falar algo. Eles são bem fechados mesmo (ou nós que somos mto abertos?!). Mas sei também que pode ter sido apenas casos isolados. Isso são apenas exemplos.

O intercâmbio cultural, no final das contas, é tão importante quanto o aprendizado do idioma. Porque de fato, não somos canadenses ainda, mas somos nós que desde agora, representamos e formamos a população do País e ao passar do tempo, cada um de nós terá contribuido e influenciado de forma que teremos o melhor de cada nação em um único País. Todos diferentes, porém com um único objetivo. E para alcançarmos esse objetivo com tantas diferenças, só é possível com o respeito.

E ao sair, percebo exatamente isso. Encontro um restaurante brasileiro, uma loja árabe, um bairro chinês e um mercado africano. Encontro todo tipo de gente frequentando esses lugares. São pessoas pobres ou ricas (pq a diferença social não é tão grande), pessoas de todas as cores e formatos.

Para mim, fica claro que: Para que as diferenças se tornem uma experiência enriquecedora é necessário que exista tolerância e respeito.

Respeito… Acho que finalmente conheci essa palavra na prática.

E se hoje posso contribuir de alguma forma, dou a palavra: saudade.