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Carteirinhas..e novidades!

Finalmente! Sexta chegou para a felicidade geral e principalmente a minha que estou vários dias dormindo muiiiiiiito tarde e acordando bem cedo.

Para variar.. Estou cheia de informações.

Vou começar falando da semana passada e em um (dois, três…) próximo post termino as novidades.

Sexta, dia 4, fui fazer a carteirinha da Universidade.  O Pavilhão para fazer a carteirinha fica na estação Édouard-Montpeti. Logo que você salta da estação, você vê um estádio e segue uns 6 minutos até encontrar o Pavilhão. Na entrada, tem a recepção e o lugar para fazer a carteirinha. O processo é  muito simples.

Você precisa levar as cartas que recebe da Universidade e apresentá-las junto ao seu passaporte ou outra identificação com foto. A carteirinha é de graça (e somente para os alunos, claro!) , é válida por um ano e fica pronta na hora.

Além disso, pessoas que têm até 25 anos até outubro (acho) podem solicitar, no mesmo lugar que faz a carteirinha, o documento para fazer a carteirinha de estudante do ônibus. E claro que eu fiz!

Documento feito, você precisa ir até a estação McGill para fazer a carteirinha de estudade vs. ônibus (afe, nome grande!). Chegando na estação, basta seguir o fluxo rs ou as placas de sinalização. Depois de quase 2 horas na fila, consegui fazer a minha. Paguei 13 dólares – pode ser em dinheiro ou cartão de débito -, a carteirinha fica pronta na hora, mas não vem carregada! Para carregá-la mensalmente, você pagará 37 dólares por um ano (ao invés de 68 dólares). O prazo de validade dela é de 2 anos ou até que você complete 26 anos. Por exemplo, irei fazer 26 anos, mas agora ela já está válida. Ano que vem, quando completar 1 ano, não posso revalidar porque terei 26 anos, ou seja, mesmo ela sendo válida por 2 anos é preciso revalidá-la todo ano. Entenderam?! rs

Enfim…  Acho que vale muito a pena ;)

DICA e Obs.: Eu não sei se a carteirinha da Universidade funciona para ter desconto em entrada de cinemas etc. Aliás, tirando atrações turísticas, eu não vi nada que tenha desconto, como shows, por exemplo, algumas coisas têm, mas não 50% sempre. Eu recomendo também que se você tiver como fazer a carteirtinha de estudante internacional no Brasil, FAÇA! Os descontos são ótimos, sobretudo, na passagem de trem.

Procurando apartamento

Procurar um apartamento em Montréal não é nada fácil. Principalmente, quando você é imigrante e sem referências. Eu não aguentava mais ver nenhuma placa: À LOUER! FOR RENT!

Dei uma olhada na região da Peel, porque era onde eu gostaria de morar. Os valores do aluguel eram algo em torno de 950 a 1550 dólares. Normalmente, os apartamentos nessa região são como flats que você só precisa entrar e alguns mobiliar, no mais, existe uma administração que toma conta de tudo para você. Os mais mais baratos são bem ruins e velhos.

Fiquei um pouco preocupada porque esses valores fugiam do meu orçamento. Além de que, eu sabia que podia achar algo bem mais em conta.

Continuei a busca com meu pai, que tinha mais paciência do que eu rs. Eu não gosto de procurar apartamento, mesmo quando é para eu morar. Como no hotel havia internet, pesquisei para saber como as pessoas faziam para procurar apartamento e descobri que o jeito era olhar em sites, ligar e agendar.

Para mim, foi horrível! Procurar apartamento, ligar e em outra língua rs. Depois de olhar por vários, escolhi um apartamento que eu achei lindo e o aluguel melhor também rs. A região então seria Cotê-des-Neiges. Eu não tinha passado por essa região antes, na verdade eu nem conheço o bairro todo. Liguei para a agente imobiliária e agendei um horário.

Eu e meu pai fomos pontuais e a corretora também! Fiquei encantada com o apartamento, por ser grande, por ter elevador. Definitivamente, não gosto daquelas escadas do lado de fora da casa, algo muito comum em Montréal, fico sempre imaginando uma queda no inverno ou na dificuldade de transportar coisas. Mas pode ser bobagem minha.

No mesmo dia assinei minha proposta de contrato e dei o primeiro cheque. Fiquei muito feliz também porque não me pediram para dar mais cheques. Não paguei nada a mais. Estava tudo direito, conforme a lei de aluguel da Província.

O problema maior foi que eu não tinha telefone, somente no hotel, então algumas vezes não podíamos sair por estar esperando o telefonema da corretora. Outro problema foi que o dono do apartamento ficou doente e estava no hospital e quem marcou o encontro comigo foi a filha dele. Tudo isso tornou o processo lento (quase 2 semanas) e angustiante. Eu e meu pai achávamos que não iriam mais alugar e começamos a olhar por outros apartamentos na mesma rua.

Precisei mostrar a ela que eu tinha condições de pagar o aluguel, já que ainda não tinha referência e não estava empregada, o que eu achei justo. Ela foi o tempo todo muito simpática e concordou em alugar.  No final, ela ainda me deixou flores na porta do apartamento! Achei realmente muito gentil da parte dela.

Eu adoro a região, tem tudo perto, é certo que tem uma ladeirinha na minha rua que eu acredito que será super divertida no inverno para eu cair rs e além disso, preciso pegar um ônibus para ir para o mêtro, pode ser que eu congele no caminho rs.

Ah sim, continuo sem conhecer o bairro todo!

Para quem não sabe, os apartamentos aqui são geralmente: 1 1/2 – 2 1/2 – 3 1/2  – 4/12  e assim vai…

O 1/2 corresponde ao banheiro. E o outro número corresponde ao número de peças do apartamento e que não necessariamente possue uma divisão de fato. Por exemplo, eu já vi caso de ser um 3 1/2 que não tem um quarto fechado, com porta e tal.

Abrir conta no Banco

A primeira coisa que realmente fiz quando cheguei aqui, além de ficar no hotel vários dias e andar muito rs, foi abrir uma conta no banco.

Na verdade, eu tentei tirar documentos, alugar apartamento, mas sem endereço fixo ficou impossível. Tudo o que consegui foi marcar com o gerente do banco um encontro no dia 19 de junho às 10:30 da manhã.

Eu tinha pensando, inicialmente, abrir uma conta no banco Desjardins. É um banco muito conhecido aqui em Québec, porém eu não sabia sobre ele em outras províncias.

Meu pai já tinha tido uma conta no RBC (Royal Bank of Canada) quando ele morou em Toronto, então recomendou que eu abrisse a conta lá mesmo.

Quando cheguei lá, o gerente foi super simpático e diferente do Brasil, pelo menos do Banco do Brasil, não tinha nenhuma fila.

Ele já tinha preparado um “dossiê” para abrir minha conta, pastinha e vários papéis explicando sobre ela. Mostrei documentos e tudo mais. E ai ele disse que eu precisava de um endereço e o NAS (Número do Seguro Social)  e como eu não tinha, deixaria minha conta “semi-aberta”. Ou seja, além de não resolver nada, eu teria um problema “semi-resolvido”.

Ele me explicou tudo, que eu não pagaria nenhuma taxa por 6 meses e também que qualquer quantia que sai da conta, cobra-se uma taxa aqui, no Canadá. Ninguém merece!

Eu estava triste por não ter conseguido abrir a conta… Mas quando eu disse que eu tinha um dinheiro para depositar,  o cenário mudou e ele mudou de idéia tb! Abri minha conta e recebi uma cartão provisório para movimentá-la, além de duas folhas de cheque.

O cheque aqui é completamente diferente do formato utilizado no Brasil como segue o modelo abaixo:

1 – Colocar a data
2 – Código do cheque
3- Nome do seu banco (embaixo tem uma linha para por o motivo do cheque, por exemplo, “aluguel”)-
4 – Valor numérico
5 – Seu nome, seu endereço
6 – Assinatura
7 – Número do cheque

Depois recebi pelo correio talão de cheque e o cartão definitivo.

Ah sim, posso pagar contas pela Internet e ainda não estou muito certa de como fazer transferência.

Sobre o cartão de crédito, você pode fazer, desde que deixe uma quantia “presa” com o banco que é a garantia que você não vai estourar o cartão e fugir rs. O valor fica preso por um ano, mas eu acho que vale a pena fazer.

DICA: Essa semana dei uma olhada no meu saldo e vi que tinham cobrado uma taxa mensal de 13 doláres. Claro que eu fui no banco reclamar e vi que já devolveram meu dinheiro também. O bom que aqui podem até cometer erros, mas na hora de resolver, você não precisa reclamar duas vezes! E reclame sempre!